segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Meditação - O Lótus e os quatro elementos



Vamos estudar o mesmo tema sob outro ângulo. Continuaremos com a lagoa, mas vamos agora tomar para exemplo uma flor aquática. Comparemos o processo da meditação à flor de lótus. O lótus (padma) é muito reverenciado no Oriente. Uma das razões de tal veneração é devida a que essa flor está associada aos quatro elementos: terra, água, ar e fogo. Terra, porque suas raízes estão na lama do fundo da lagoa. Água, pois, sendo uma planta aquática, seu caule sobe por esse elemento. Ar, já que as pétalas desabrocham na superfície. E fogo, do Sol, sem o qual não ocorreria a fotossíntese.

Os pés na terra e a cabeça no céu 
O outro motivo do carinho que as culturas orientais votam ao lótus é o grande exemplo de comportamento na vida que essa flor nos proporciona. Ela tem suas raízes enterradas no lodo sujo, escuro e mal-cheiroso. No entanto, consegue transmutar os elementos que dele retira e produzir pétalas imaculadamente limpas, brancas e perfumadas. É como se nos dissesse: trabalhe com os pés no chão, lide com o dinheiro, enfrente a imundície mundana, lute bravamente pelos seus direitos e pelo que você acredita, mas mantenha a cabeça no céu, acima de todas essas coisas, acima das mesquinharias do mundo.
Os quatro angas superiores
Ainda podemos estabelecer uma comparação com os angas superiors do Yôga de Pátañjali: as raízes correspondem ao pratyáhára; o caule simboliza o dháraná; a flor, o dhyána; e o Sol representa a iluminação, o samádhi.
Fonte: Tratado de Yôga, DeRose

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